Joana de Portugal | 1452 – 1490
Filha do Rei D. Afonso V e da Rainha D. Isabel, Joana de Portugal, nasceu em Lisboa a 6 de fevereiro de 1452. O seu nome deve-se à devoção da rainha por S. João Evangelista.
Joana foi uma criança muito aguardada, era peça fundamental no reino, na condição de sucessora natural ao trono. Aos 3 anos a princesa começava a ser acompanhada na formação religiosa e académica pela tia Filipa para a preparar para um dia ser rainha.
Joana foi crescendo e demonstrando uma forte inclinação religiosa e um temperamento dócil e perseverante.
Aos quinze anos a princesa submetia-se cada vez mais aos retiros espirituais, às orações, leitura religiosa e contemplação. Realizava duras penitências, jejuava muitas vezes e não deixava de praticar caridade para com os mais pobres que recorriam ao seu palácio.
Joana desejava entregar a sua vida a Deus, o que trouxe desgosto ao rei e à corte, que se preocupavam com a sucessão ao trono. A corte começou a agir no sentido de forçar um casamento, pois poderia fazer a princesa mudar de ideias dada a sua tenra idade.
Joana tornara-se uma jovem princesa muito interessante e cativante pelas qualidades intelectuais, morais e pela sua rara beleza. Não demorou a surgirem os pedidos de casamento dos príncipes estrangeiros, Delfim de França, Maximiliano de Áustria e o Rei de Inglaterra. Porém recusou todos, Joana estava determinada a ser somente esposa de Jesus Cristo.
Aos dezanove anos de idade, Joana convenceu o seu pai a oferecer a Deus sua única filha em agradecimento às recentes vitórias que ele tinha conquistado em Arzila e Tânger e pelos mouros terem abandonado a cidade. O pedido feito pela princesa fez o rei perceber que a sua dedicação à religião era verídica e consentiu que a Joana entrasse no Mosteiro de Odivelas.
Embora tivesse entrado no Mosteiro de Odivelas, a princesa desejava pertencer a um mosteiro com disciplina mais austera, ingressando assim no Mosteiro de Jesus, em Aveiro, onde vestiu o hábito dominicano de noviça em 1472. A saúde da princesa não permitiu que a mesma professasse os votos definitivos, permanecendo assim como dominicana secular obedecendo a todas as regras com louvável rigor dedicou-se aos serviços mais humildes.
A princesa continuou a fazer caridade junto dos pobres e abandonados, enquanto Joana auxiliava os mais infelizes a sua fama de santidade espalhava-se pelos outros reinos. A princesa Santa Joana tinha 38 anos quando morreu a 12 de maio de 1490.
Conta a lenda que quando o seu enterro atravessou os jardins do Convento de Jesus deu-se um fenómeno milagroso: as flores que a princesa cuidara em vida poisaram sobre o caixão prestando-lhe uma última homenagem. Joana foi sepultada no coro de baixo da capela do Mosteiro de Jesus, onde se encontram guardadas até hoje as suas relíquias.
200 anos após a morte de Joana de Portugal, o Papa Inocêncio XII beatificou-a. Beata Joana de Portugal, em 1965, foi constituída padroeira da cidade de Aveiro pelo Papa Paulo VI.
Sabia que…?
Curiosidades sobre Santa Joana Princesa.
- … Joana de Portugal recusou três Nobres pretendentes para se dedicar em exclusivo à vida religiosa?
- … Há um mito entre as gentes de Aveiro que garante que durante a procissão fúnebre de Santa Joana, as flores que a Princesa tratou em vida, caíram sobre o seu caixão?
- … Só passados 2 séculos é que Santa Joana foi considerada oficialmente padroeira da cidade e da Diocese de Aveiro?
Mais curiosidades, aqui, pela Litoral Magazine.
Belo post, compartilhei com meus amigos.
Muito obrigado pelo feedback!
O que eu ouvi, sendo eu aveirense, foi que a princesa se andava a portar mal na corte, e que o pai, d.afonso v a tinha recambiado para um convento, mosteiro de Jesus em Aveiro 🤔