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O bairro da Beira Mar está em festa! A festa mais emblemática da cidade está a decorrer e mesmo com chuva as cavacas continuam a voar, tal como manda a tradição.

Quem foi São Gonçalinho?

De origem portuguesa, São Gonçalo nasceu a 1190, viveu entre os séculos XII e XIII. Morreu em 1259 a 10 de janeiro e, em sua homenagem, as gentes da cidade de Aveiro construíram uma igreja.

Ficou muito conhecido pelas suas virtudes e atributos de santo casamenteiro, protetor e curador das maleitas dos ossos e goza ainda da fama de ser rapioqueiro, brincalhão e apaziguador de conflitos.

É tratado por “nosso menino” pelas gentes da Beira Mar. E é neste bairro, em Aveiro, que se situa a Capela onde decorrem as festividades dedicadas ao santo.

É nas Festas em Honra de São Gonçalinho que os aveirenses e crentes fazem o “pagamento” das suas promessas através da atira da cavaca (bolacha dura, com muito açúcar) do topo da capela para a multidão que se encontra em baixo. Para conseguirem apanhar cavacas, os foliões levam, frequentemente, guarda-chuvas, narças, e por vezes até levam com elas na cabeça.

Porque é que se atiram cavacas?

Diz a lenda que São Gonçalinho levava pão às pessoas leprosas que habitavam as gafanhas (terra de leprosos). No entanto, de forma a evitar o contágio, o pão era lançado de um lugar alto.

 

Há outras tradições que não foram esquecidas durantes estes anos, normalmente concretizadas dentro da capela, entre elas, a entrega do Ramo aos mordomos (herdeiros das antiguidades) encarregues da romaria do ano seguinte, trata-se de um ramo de flores artificiais preservada há muito tempo daí a sua simbologia.
Por fim, o último ritual, a “Dança dos Mancos”, realizado por um grupo de homens que se fingem de mancos e que dançam em círculo ao som dos cantares na Capela.

Na Onda Colossal, como bons aveirenses que somos, somos devotos ao “nosso Menino” e, como forma de valorizar a tradição, temos um Moliceiro batizado com o nome Dança dos Mancos. Um dos lados da proa temos a imagem de São Gonçalo, do outro uma imagem relativa a essa tão carismática tradição, a Dança dos Mancos.

Desafiamos todos a passear pelos canais urbanos neste moliceiro.

 

Texto e trabalho realizado por Yasmine Daoud, estagiária do curso técnico de Animação em Turismo – Agrupamento de Escolas de Aveiro.

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